sábado, 16 de maio de 2020

2.1 - Classificação e estrutura viral. Atualização as 15.41. Desta data 16 05 2020


Secção 2 - Virologia.
Sumário
2.1 - Classificação e estrutura viral.
Em 1982 o botânico de nacionalidade russa, Dimitri Ivanovsky desenvolvia pesquisas em torno da observação da presença de um estado patológico, especificamente uma doença presente nas folhas de fumo, conhecido como mosaico do tabaco, e ai, observou a presença de uma toxina que veio a ser cognominada de vírus. Ou seja, veneno. Tal observação levou anos posteriores com o desenvolvimento do microscópio eletrônico a firmação deste conceito. A partir (De Dimitri Ivanovsky) desta observação (a sua descoberta) e até os dias atuais, os vírus se tornaram um grande problema de saúde pública e de prejuízos econômicos ao longo da história da humanidade. Ainda nos dias atuais para os cientistas se busca atualizar sempre o conceito de vida em torno... Os vírus são seres vivos?
No campo discussivo amplo podemos dizer que o conceito de vírus é uma designação genérica dada a um numeroso grupo de agentes infeciosos com medidas variáveis entre 15 a 300 nm,  que, na sua grande maioria, não são retidos por finíssimos filtros que retêm as bactérias, nem são visíveis ao microscópio de luz polarizada. São parasitas celulares obrigatórios e só se reproduzem a partir do seu material genético onde existe um único tipo de ácido nucleico (vírus ARN ou ribovírus) ou de ácido desoxirribonucleico (vírus ADN ou dexovírus). Os vírus têm uma estrutura bem definida e são, em regra, envolvidos por uma membrana proteica ou cápside. É conhecida uma grande variedade de vírus patogênicos para o homem de que se salientam: adenovírus, citomegalovírus, vírus da coriomeningite linfocítica, vírus coxsakie, vírus Ébola, ecovírus, enterovírus, vírus da gripe, VIH ou vírus da SIDA, vírus das hepatites, vírus do herpes, vírus do herpes zooster, vírus Marbourg, vírus da paralisia infantil, vírus da parotidite, vírus da pleurodinia, vírus da rubéola, vírus do sarampo, mixovírus, paramixovírus, rabdovírus, ribovírus, rinovírus, vírus da varicela e vírus da varíola e coronavírus. Os coronavírus são um grupo de vírus de genoma de RNA simples de sentido positivo (serve diretamente para a síntese proteica), conhecidos desde meados dos anos 1960. Pertencem à subfamília taxonómica Orthocoronavirinae da família Coronaviridae, da ordem Nidovirales (International Committee on Taxonomy of Viruses - ICTV Master Species List 2009 – v10). A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida. Eles são uma causa comum de infecções respiratórias brandas a moderadas de curta duração. Entre os coronavírus encontra-se o vírus causador da forma de pneumonia atípica grave conhecida por SARS, e o vírus causador da COVID-19, responsável pela pandemia em 2019 e 2020.
No ano de 2020 estamos a viver uma pandemia de COVID-19, uma doença respiratória aguda causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). Seu surgimento se noticia pela primeira vez em Wuhan, na província de Hubei, República Popular da China, em 1 de dezembro de 2019, mas o primeiro caso foi reportado em 31 de dezembro do mesmo ano.  Existem suspeitas de que o vírus tem origem zoonótica, porque os primeiros casos confirmados tinham principalmente ligações ao Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Huanan, que também vendia animais vivos. Na data de 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou o surto uma pandemia. Até 16 de maio de 2020, pelo menos 4 534 673 casos da doença foram confirmados em mais de 188 países e territórios, com grandes surtos nos Estados Unidos (cerca de 1.472.426 casos), Rússia (mais de 262 000 casos), Reino Unido (mais de 236 000 casos), Espanha (mais de 230 000 casos), Itália (mais de 223 000 casos), Brasil (mais de 218 000 casos), Alemanha (mais de 175 000 casos), Turquia (mais de 146 000 casos), França (mais de 142 000 casos), Irã (mais de 116 000 casos) e China continental (mais de 83 000 casos).[Pelo menos 307 108 pessoas morreram (mais de 88 000 nos Estados Unidos, mais de 33 000 no Reino Unido, pelo menos 31 000 em Itália, por volta de 27 500 em França, cerca de 27 400 em Espanha, pelo menos 14 800 no Brasil e mais de 4 600 na China) e 1 632 286 foram curadas. Os cientistas chineses isolaram um novo coronavírus, o COVID-19, 70% semelhante na sequência genética ao SARS-CoV, e posteriormente mapearam e disponibilizaram a sua sequência genética. Inicialmente, o vírus não mostrou a mesma gravidade do SARS, porém com um contágio maior. As questões levantadas incluem se o vírus está circulando a mais tempo do que se pensava anteriormente, se Wuhan é realmente o centro do surto ou simplesmente o local em que foi identificado pela primeira vez com a vigilância e os testes em andamento, e se poderia haver uma possibilidade de que Wuhan seja um evento de superdispersão.





No presente trabalho discutiremos e abordaremos ainda a identificação das espécies de Coronavírus que infectam humanos. Bem como as Doenças causadas por vírus(A80-B34).
A CID-10 Capítulo I: Algumas doenças infecciosas e parasitárias. A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - Décima Revisão (CID-10) corresponde a um esforço internacional para listagem dos agravos à saúde, relacionando seus respectivos códigos. A cada estado de saúde é atribuída uma categoria única à qual corresponde um código, que contém até 6(seis) caracteres. Tais categorias podem incluir um conjunto de doenças semelhantes. Está dividida em 22 capítulos. O Capítulo I relaciona Algumas doenças infecciosas e parasitárias. Nesta data estamos a referenciar o Coronavírus com a CID-10. Doravante atentos tendo em vista que a OMS divulga nova Classificação Internacional de Doenças (CID 11). Em 18 de junho de 2018 – A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou sua nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID 11). A CID é a base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo e contém cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte. O documento fornece uma linguagem comum que permite aos profissionais de saúde compartilhar informações de saúde em nível global.
"A CID é um produto do qual a OMS realmente se orgulha", segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS na época. "Ela nos permite entender muito sobre o que faz as pessoas adoecerem e morrerem e agir para evitar sofrimento e salvar vidas”. (...) Há mais de uma década em desenvolvimento, a CID-11 fornece melhorias significativas em relação às versões anteriores. Pela primeira vez, é completamente eletrônica e possui um formato que facilita seu uso. Houve um envolvimento sem precedentes de profissionais de saúde, que se juntaram em reuniões colaborativas e submeteram propostas. A equipe da CID na sede da OMS recebeu mais de 10 mil propostas de revisão.
A CID-11, foi apresentada para adoção dos Estados Membros em maio de 2019 (durante a Assembleia Mundial da Saúde), entrará em vigor em 1º de janeiro de 2022. Essa versão é uma pré-visualização e permitirá aos países planejar seu uso, preparar traduções e treinar profissionais de saúde.
A CID também é utilizada por seguradoras de saúde cujos reembolsos dependem da codificação de doenças; gestores nacionais de programas de saúde; especialistas em coleta de dados; e outros profissionais que acompanham o progresso na saúde global e determinam a alocação de recursos de saúde.
O novo documento também reflete o progresso da medicina e os avanços na compreensão científica. Os códigos relativos à resistência antimicrobiana, por exemplo, estão mais alinhados ao sistema global de vigilância da resistência antimicrobiana (GLASS). A CID-11 também reflete melhor os dados sobre segurança na assistência à saúde. Isso significa que eventos desnecessários que podem prejudicar a saúde – como fluxos de trabalho inseguros em hospitais – podem ser identificados e reduzidos.
A 11ª versão da CID também conta com novos capítulos, um deles sobre medicina tradicional; embora milhões de pessoas utilizem a medicina tradicional em todo o mundo, ela nunca havia sido classificada nesse sistema. Outro novo capítulo, sobre saúde sexual, reúne condições que antes eram categorizadas de outras formas (por exemplo, a incongruência de gênero estava incluída em condições de saúde mental) ou descritas de maneiras diferentes. O transtorno dos jogos eletrônicos também foi adicionado à seção de transtornos que podem causar adicção.
“Um dos mais importantes princípios desta revisão foi simplificar a estrutura de codificação e ferramentas eletrônicas. Isso permitirá que os profissionais de saúde registrem as condições de forma mais fácil e completa", asseverou Robert Jakob, líder da equipe de classificação de terminologias e padrões da OMS, a época.
Segundo Lubna Alansari, diretora-geral assistente da OMS(na época)  para medições e medidas de saúde, “a CID é um pilar da informação de saúde e a CID-11 fornecerá uma visão atualizada dos padrões de doença.”
Observação aos leitores deste livro.
A CID-11 está vinculada às denominações comuns da OMS para substâncias farmacêuticas e pode ser usada para registro de câncer. A ferramenta foi projetada para uso em vários idiomas: uma plataforma de tradução central garante que suas características e resultados estejam disponíveis em todas as línguas traduzidas. As tabelas de transição da CID-10 e  para a CID-10 suportam a migração para a CID-11. A OMS apoiará os países à medida que avancem na implementação da nova classificação.
Infectologistas e Virologistas desejam trabalhar em parceria?
Durante as pesquisas para suprir o presente livro o autor encontrou um convite que acredita ser de interesse transcontinental. Ou seja, oportunidade de trabalho para cientistas e pesquisadores. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) foi fundada em 1902 e é a mais antiga agência internacional de saúde pública do mundo. A OPAS trabalha para melhorar a saúde e o bem estar das pessoas nas Américas. Sua missão é prestar cooperação técnica e assessoria para os seus Estados Membros e outros parceiros a fim de promover a equidade em saúde, combater doenças e melhorar a qualidade de vida dos povos das Américas. A Organização está empenhada em fornecer o mais alto nível de suporte técnico e liderança para seus Estados Membros, como atingir a sua meta de “Saúde para Todos”. Além disso, também serve como o Escritório Regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com o objetivo de cumprir a sua missão de fortalecer os sistemas de saúde nacionais e locais, está continuamente se esforçando para melhorar o seu capital humano. Dessa forma, lançou o convite para candidatura às suas oportunidades, chamando profissionais que possuem  qualificações técnicas exigidas para cada posição, mas que também possuem a capacidade de trabalhar em um ambiente multicultural, compartilhando os valores da Organização de excelência, integridade e trabalho em equipe. Todas as oportunidades são divulgadas em sua página na web no espaço “Oportunidades”. As vagas possuem um link para o seu  sistema de recrutamento: e-Contracting. As candidaturas e cadastro de currículos para sua base de talentos poderá ser realizada somente por meio deste sistema. Para tal, solicitam que complete todos os passos do cadastramento, fornecendo informações completas e relevantes para sua candidatura atual ou futura. É importante ressaltar que não basta cadastrar o seu currículo no sistema. Quando surgir uma oportunidade de trabalho, é necessário entrar no sistema e se candidatar para a vaga desejada. A entidade tem serviço de suporte e está disponível de segunda a sexta (exceto feriados), das 9h as 17h. A OPAS é uma organização inclusiva, que promove a diversidade e valoriza um ambiente de trabalho composto por mulheres, população negra, população LGBTI, refugiados e refugiadas, pessoas vivendo com HIV/Aids, pessoas com deficiências ou capacidades diferentes e outras populações em situação de vulnerabilidade social.  Por isso, incentiva a candidatura de pessoas com diferentes origens e experiências. A OPAS é um ambiente livre de (fumo/tabaco). A entidade informa que apenas candidatas e candidatos classificados (as) para as próximas etapas dos processos seletivos serão contatados (as). Assim, o autor deste e-book entende ser importante divulgar as propostas da entidade.
2.1.1 - Dimitri Ivanovsky.
2.1.2 - Mosaico do tabaco.
2.1.3 - Toxina e veneno.
2.1.4 - Microscópio eletrônico.
2.1.5 - Problema de saúde pública.
2.1.6 - Vírus: seres vivos.
2.1.6.1 - Os vírus são organismos acelulares que se tem referência na terra.
É importante ter em vista que o termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam eucariontes (organismos cujas células têm carioteca), enquanto o termo bacteriófago ou fago é utilizado para descrever aqueles que infectam procariontes (domínios bactéria e archaea). O vírus é uma partícula basicamente proteica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da maquina de auto-reprodução celular. Os vírus são seres muito simples e pequenos (medem menos de 0,2 µm), formados basicamente por uma cápsula proteica envolvendo o material genético, que, dependendo do tipo de vírus, pode ser o DNA, RNA ou os dois juntos (citomegalovírus). Como já foi mencionada a palavra vírus tem origem na língua latina e significa fluído venenoso ou toxina. Utiliza-se com frequência para descrever os vírus biológicos, designando ainda de forma metaforicamente, qualquer coisa que se reproduza de forma parasitária.  Por analogia se usa com frequência a ideia de que “... o vírus de computador nasceu por analogia..”, sendo ainda, que vírion ou víron  é usada para se referir a uma única partícula viral que estiver fora da célula hospedeira.
Existem aproximadamente 1.739.600 de espécies de seres vivos conhecidos, os vírus representam 3.600 espécies.






.2 - Replicação viral.
2.3 - Patogênese viral.
2.4 - Imunologia viral.
2.5 - Vacinas virais.
2.6 - Terapias virais.
2.7 - Métodos de diagnósticos.
2.8 - Quimioterapia antiviral.
2.9 - Medidas para controle de infecções.
2.10 - Epidemias de vírus, etc.
2.11 - Material Genético.
2.12 - Os vírus podem ser classificados como vírus que contêm DNA.
2.13 - Os vírus podem ser classificados como vírus que contêm RNA.
2.14 - Vírus de DNA:
2.15 – Parvovírus.
2.16 – Papovírus.
2.17 – Adenovírus.
2.18 – Herpesvírus.
2.19 – Poxvírus.
2.20 - Hepadnavírus.
2.21 - Vírus de RNA:
2.22 - Picornavírus
2.23 - Calicivírus
2.24 – Reovírus.
2.25 – Arbovírus.
2.26 – Togavírus.
2.27 – Flavivírus.
2.28 – Arenavírus.
2.29 – Coronavírus.
2.30 – Retrovírus.
2.31 – Bunyavírus.
2.32 – Ortomixovírus.
2.33 – Paramixovírus.
2.34 – Rabdovírus.
2.35 – Viroides.
2.36 - Viroide: vírus sem capsídeo, com apenas uma molécula de RNA circular.
2.37 - Virusoide: vírus que para atuarem patogenicamente precisam da atuação de outro vírus, como o vírus da hepatite D que precisa do vírus da hepatite B.
2.38 – Bibliografias da Seção 2.
Cápside in Dicionário infopédia de Termos Médicos [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2020. [consult. 2020-05-16 17:16:57]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/dicionarios/termos-medicos/cápside
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Zika Vírus – Novo -  Código para Zika Vírus | Centro Brasileiro de Classificação de Doenças - CBCD». www.fsp.usp.br. Consultado em 9 de abril de 2020.


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