Secção 2 - Virologia.
Sumário
2.1 - Classificação e estrutura viral.
Em 1982 o botânico de nacionalidade russa, Dimitri Ivanovsky
desenvolvia pesquisas em torno da observação da presença de um estado
patológico, especificamente uma doença presente nas folhas de fumo, conhecido
como mosaico do tabaco, e ai, observou a presença de uma toxina que veio a ser
cognominada de vírus. Ou seja, veneno. Tal observação levou anos posteriores
com o desenvolvimento do microscópio eletrônico a firmação deste conceito. A partir
(De Dimitri Ivanovsky) desta observação (a sua descoberta) e até os dias
atuais, os vírus se tornaram um grande problema de saúde pública e de prejuízos
econômicos ao longo da história da humanidade. Ainda nos dias atuais para os
cientistas se busca atualizar sempre o conceito de vida em torno... Os vírus são seres vivos?
No campo discussivo amplo podemos dizer que o conceito de
vírus é uma designação genérica dada a um numeroso grupo de agentes infeciosos com
medidas variáveis entre 15 a 300 nm, que, na sua grande maioria, não são retidos
por finíssimos filtros que retêm as bactérias, nem são visíveis ao microscópio
de luz polarizada. São parasitas celulares obrigatórios e só se reproduzem a
partir do seu material genético onde existe um único tipo de ácido nucleico
(vírus ARN ou ribovírus) ou de ácido desoxirribonucleico (vírus ADN ou
dexovírus). Os vírus têm uma estrutura bem definida e são, em regra, envolvidos
por uma membrana proteica ou cápside. É conhecida uma grande variedade de vírus
patogênicos para o homem de que se salientam: adenovírus, citomegalovírus,
vírus da coriomeningite linfocítica, vírus coxsakie, vírus Ébola, ecovírus,
enterovírus, vírus da gripe, VIH ou vírus da SIDA, vírus das hepatites, vírus
do herpes, vírus do herpes zooster, vírus Marbourg, vírus da paralisia
infantil, vírus da parotidite, vírus da pleurodinia, vírus da rubéola, vírus do
sarampo, mixovírus, paramixovírus, rabdovírus, ribovírus, rinovírus, vírus da
varicela e vírus da varíola e coronavírus. Os coronavírus são um grupo de vírus
de genoma de RNA simples de sentido positivo (serve diretamente para a síntese
proteica), conhecidos desde meados dos anos 1960. Pertencem à subfamília
taxonómica Orthocoronavirinae da família Coronaviridae, da ordem Nidovirales (International
Committee on Taxonomy of Viruses - ICTV Master Species List 2009 – v10). A maioria das pessoas se infecta com
os coronavírus comuns ao longo da vida. Eles são uma causa comum de infecções
respiratórias brandas a moderadas de curta duração. Entre os coronavírus
encontra-se o vírus causador da forma de pneumonia atípica grave conhecida por
SARS, e o vírus causador da COVID-19, responsável pela pandemia em 2019 e 2020.
No ano de 2020 estamos a viver uma pandemia de COVID-19, uma
doença respiratória aguda causada pelo coronavírus da síndrome respiratória
aguda grave 2 (SARS-CoV-2). Seu surgimento se noticia pela primeira vez em
Wuhan, na província de Hubei, República Popular da China, em 1 de dezembro de
2019, mas o primeiro caso foi reportado em 31 de dezembro do mesmo ano. Existem suspeitas de que o vírus tem origem
zoonótica, porque os primeiros casos confirmados tinham principalmente ligações
ao Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Huanan, que também vendia animais
vivos. Na
data de 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou o surto
uma pandemia. Até 16 de maio de 2020, pelo menos 4 534 673 casos
da doença foram confirmados em mais de 188 países e territórios, com grandes
surtos nos Estados Unidos (cerca de 1.472.426 casos), Rússia (mais de 262 000
casos), Reino Unido (mais de 236 000 casos), Espanha (mais de 230 000 casos),
Itália (mais de 223 000 casos), Brasil (mais
de 218 000 casos), Alemanha
(mais de 175 000 casos), Turquia (mais de 146 000 casos), França (mais de 142
000 casos), Irã (mais de 116 000 casos) e China continental (mais de 83 000
casos).[Pelo menos 307 108 pessoas morreram (mais de 88 000 nos Estados Unidos,
mais de 33 000 no Reino Unido, pelo menos 31 000 em Itália, por volta de 27 500
em França, cerca de 27 400 em Espanha, pelo menos 14 800 no Brasil e mais de 4
600 na China) e 1 632 286 foram curadas. Os cientistas chineses isolaram um
novo coronavírus, o COVID-19, 70% semelhante na sequência genética ao SARS-CoV,
e posteriormente mapearam e disponibilizaram a sua sequência genética.
Inicialmente, o vírus não mostrou a mesma gravidade do SARS, porém com um
contágio maior. As questões levantadas incluem se o vírus está circulando a
mais tempo do que se pensava anteriormente, se Wuhan é realmente o centro do
surto ou simplesmente o local em que foi identificado pela primeira vez com a
vigilância e os testes em andamento, e se poderia haver uma possibilidade de
que Wuhan seja um evento de superdispersão.
No presente trabalho discutiremos e abordaremos ainda a
identificação das espécies de Coronavírus que infectam humanos. Bem como as Doenças
causadas por vírus(A80-B34).
A CID-10 Capítulo I: Algumas
doenças infecciosas e parasitárias. A Classificação Estatística Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados à Saúde - Décima Revisão (CID-10) corresponde a um
esforço internacional para listagem dos agravos à saúde, relacionando seus
respectivos códigos. A cada estado de saúde é atribuída uma categoria única à
qual corresponde um código, que contém até 6(seis) caracteres. Tais categorias
podem incluir um conjunto de doenças semelhantes. Está dividida em 22
capítulos. O Capítulo I relaciona Algumas doenças infecciosas e parasitárias. Nesta
data estamos a referenciar o Coronavírus com a CID-10. Doravante atentos tendo
em vista que a OMS divulga nova Classificação Internacional de Doenças (CID
11). Em 18 de junho de 2018 – A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou sua
nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde (CID 11). A CID é a base para identificar tendências e
estatísticas de saúde em todo o mundo e contém cerca de 55 mil códigos únicos
para lesões, doenças e causas de morte. O documento fornece uma linguagem comum
que permite aos profissionais de saúde compartilhar informações de saúde em
nível global.
"A CID é um produto do qual a OMS realmente se
orgulha",
segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS na época. "Ela
nos permite entender muito sobre o que faz as pessoas adoecerem e morrerem e
agir para evitar sofrimento e salvar vidas”. (...) Há mais de uma
década em desenvolvimento, a CID-11 fornece melhorias significativas em relação
às versões anteriores. Pela primeira vez, é completamente eletrônica e possui
um formato que facilita seu uso. Houve um envolvimento sem precedentes de
profissionais de saúde, que se juntaram em reuniões colaborativas e submeteram
propostas. A equipe da CID na sede da OMS recebeu mais de 10 mil propostas de
revisão.
A CID-11, foi apresentada para adoção dos Estados Membros em
maio de 2019 (durante a Assembleia Mundial da Saúde), entrará em vigor em 1º de
janeiro de 2022. Essa versão é uma pré-visualização e permitirá aos países
planejar seu uso, preparar traduções e treinar profissionais de saúde.
A CID também é utilizada por seguradoras de saúde cujos
reembolsos dependem da codificação de doenças; gestores nacionais de programas
de saúde; especialistas em coleta de dados; e outros profissionais que
acompanham o progresso na saúde global e determinam a alocação de recursos de
saúde.
O novo documento também reflete o progresso da medicina e os
avanços na compreensão científica. Os códigos relativos à resistência
antimicrobiana, por exemplo, estão mais alinhados ao sistema global de
vigilância da resistência antimicrobiana (GLASS). A CID-11 também reflete
melhor os dados sobre segurança na assistência à saúde. Isso significa que eventos
desnecessários que podem prejudicar a saúde – como fluxos de trabalho inseguros
em hospitais – podem ser identificados e reduzidos.
A 11ª versão da CID também conta com novos capítulos, um
deles sobre medicina tradicional; embora milhões de pessoas utilizem a medicina
tradicional em todo o mundo, ela nunca havia sido classificada nesse sistema.
Outro novo capítulo, sobre saúde sexual, reúne condições que antes eram
categorizadas de outras formas (por exemplo, a incongruência de gênero estava
incluída em condições de saúde mental) ou descritas de maneiras diferentes. O
transtorno dos jogos eletrônicos também foi adicionado à seção de transtornos
que podem causar adicção.
“Um dos mais importantes princípios desta revisão foi
simplificar a estrutura de codificação e ferramentas eletrônicas. Isso
permitirá que os profissionais de saúde registrem as condições de forma mais
fácil e completa", asseverou Robert Jakob, líder da equipe de classificação de
terminologias e padrões da OMS, a época.
Segundo Lubna Alansari, diretora-geral assistente da OMS(na
época) para medições e medidas de saúde,
“a CID é um pilar da informação de saúde e a CID-11 fornecerá uma visão
atualizada dos padrões de doença.”
Observação aos leitores
deste livro.
A CID-11 está vinculada às denominações comuns da OMS para
substâncias farmacêuticas e pode ser usada para registro de câncer. A
ferramenta foi projetada para uso em vários idiomas: uma plataforma de tradução
central garante que suas características e resultados estejam disponíveis em
todas as línguas traduzidas. As tabelas de transição da CID-10 e para a CID-10 suportam a migração para a
CID-11. A OMS apoiará os países à medida que avancem na implementação da nova
classificação.
Infectologistas e Virologistas
desejam trabalhar em parceria?
Durante as pesquisas para suprir o presente livro o autor
encontrou um convite que acredita ser de interesse transcontinental. Ou seja,
oportunidade de trabalho para cientistas e pesquisadores. A Organização
Pan-Americana da Saúde (OPAS) foi fundada em 1902 e é a mais antiga agência
internacional de saúde pública do mundo. A OPAS trabalha para melhorar a saúde
e o bem estar das pessoas nas Américas. Sua missão é prestar cooperação técnica
e assessoria para os seus Estados Membros e outros parceiros a fim de promover
a equidade em saúde, combater doenças e melhorar a qualidade de vida dos povos
das Américas. A Organização está empenhada em fornecer o mais alto nível de
suporte técnico e liderança para seus Estados Membros, como atingir a sua meta
de “Saúde para Todos”. Além disso, também serve como o Escritório Regional para
as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com o objetivo de cumprir a
sua missão de fortalecer os sistemas de saúde nacionais e locais, está
continuamente se esforçando para melhorar o seu capital humano. Dessa forma,
lançou o convite para candidatura às suas oportunidades, chamando profissionais
que possuem qualificações técnicas
exigidas para cada posição, mas que também possuem a capacidade de trabalhar em
um ambiente multicultural, compartilhando os valores da Organização de
excelência, integridade e trabalho em equipe. Todas as oportunidades são
divulgadas em sua página na web no espaço “Oportunidades”. As vagas possuem um
link para o seu sistema de recrutamento:
e-Contracting. As candidaturas e cadastro de currículos para sua base de
talentos poderá ser realizada somente por meio deste sistema. Para tal,
solicitam que complete todos os passos do cadastramento, fornecendo informações
completas e relevantes para sua candidatura atual ou futura. É importante
ressaltar que não basta cadastrar o seu currículo no sistema. Quando surgir uma
oportunidade de trabalho, é necessário entrar no sistema e se candidatar para a
vaga desejada. A entidade tem serviço de suporte e está disponível de segunda a
sexta (exceto feriados), das 9h as 17h. A OPAS é uma organização inclusiva, que
promove a diversidade e valoriza um ambiente de trabalho composto por mulheres,
população negra, população LGBTI, refugiados e refugiadas, pessoas vivendo com
HIV/Aids, pessoas com deficiências ou capacidades diferentes e outras
populações em situação de vulnerabilidade social. Por isso, incentiva a candidatura de pessoas
com diferentes origens e experiências. A OPAS é um ambiente livre de
(fumo/tabaco). A entidade informa que apenas candidatas e candidatos classificados
(as) para as próximas etapas dos processos seletivos serão contatados (as). Assim,
o autor deste e-book entende ser importante divulgar as propostas da entidade.
2.1.1 - Dimitri Ivanovsky.
2.1.2 - Mosaico do tabaco.
2.1.3 - Toxina e veneno.
2.1.4 - Microscópio eletrônico.
2.1.5 - Problema de saúde pública.
2.1.6 - Vírus: seres vivos.
2.1.6.1 - Os vírus são organismos acelulares que
se tem referência na terra.
É importante ter em vista que
o termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam eucariontes
(organismos cujas células têm carioteca), enquanto o termo bacteriófago ou fago
é utilizado para descrever aqueles que infectam procariontes (domínios bactéria
e archaea). O vírus é uma partícula basicamente proteica que pode infectar
organismos vivos. Vírus são parasitas obrigatórios do interior celular e isso
significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle
da maquina de auto-reprodução celular. Os vírus são seres muito simples e
pequenos (medem menos de 0,2 µm), formados basicamente por uma cápsula proteica
envolvendo o material genético, que, dependendo do tipo de vírus, pode ser o
DNA, RNA ou os dois juntos (citomegalovírus). Como já foi mencionada a palavra
vírus tem origem na língua latina e significa fluído venenoso ou toxina.
Utiliza-se com frequência para descrever os vírus biológicos, designando ainda
de forma metaforicamente, qualquer coisa que se reproduza de forma parasitária. Por analogia se usa com frequência a ideia de
que “... o vírus de computador nasceu por analogia..”, sendo ainda, que vírion
ou víron é usada para se referir a uma
única partícula viral que estiver fora da célula hospedeira.
Existem aproximadamente
1.739.600 de espécies de seres vivos conhecidos, os vírus representam 3.600
espécies.
.2 - Replicação viral.
2.3 - Patogênese viral.
2.4 - Imunologia viral.
2.5 - Vacinas virais.
2.6 - Terapias virais.
2.7 - Métodos de diagnósticos.
2.8 - Quimioterapia antiviral.
2.9 - Medidas para controle de infecções.
2.10 - Epidemias de vírus, etc.
2.11 - Material Genético.
2.12 - Os vírus podem ser classificados como vírus que contêm
DNA.
2.13 - Os vírus podem ser classificados como vírus que contêm
RNA.
2.14 - Vírus de DNA:
2.15 – Parvovírus.
2.16 – Papovírus.
2.17 – Adenovírus.
2.18 – Herpesvírus.
2.19 – Poxvírus.
2.20 - Hepadnavírus.
2.21 - Vírus de RNA:
2.22 - Picornavírus
2.23 - Calicivírus
2.24 – Reovírus.
2.25 – Arbovírus.
2.26 – Togavírus.
2.27 – Flavivírus.
2.28 – Arenavírus.
2.29 – Coronavírus.
2.30 – Retrovírus.
2.31 – Bunyavírus.
2.32 – Ortomixovírus.
2.33 – Paramixovírus.
2.34 – Rabdovírus.
2.35 – Viroides.
2.36 - Viroide: vírus sem capsídeo, com apenas uma molécula
de RNA circular.
2.37 - Virusoide: vírus que para atuarem patogenicamente
precisam da atuação de outro vírus, como o vírus da hepatite D que precisa do
vírus da hepatite B.
2.38 – Bibliografias da Seção 2.
Cápside in Dicionário infopédia de Termos Médicos [em linha].
Porto: Porto Editora, 2003-2020. [consult. 2020-05-16 17:16:57]. Disponível na
Internet: https://www.infopedia.pt/dicionarios/termos-medicos/cápside
Ситуация с коронавирусом официально. coronavirus2020.kz (em
russo). Kazinform. Consultado em 16 de maio de 2020.
COVID-19 în Republica Moldova: situaţia la zi».
gismoldova.maps.arcgis.com (em romeno). Consultado em 15 de maio de 2020.
COVID-19 Updates». ghanahealthservice.org. Consultado em 15
de maio de 2020
Coronavirus-ip nutaap siaruarnera malinnaaffigiuk» (em
dinamarquês e gronelandês)
COVID-19».
Ministry of Health (Indonesia). Consultado em 16 de maio de 2020
Coronavirus en Colombia» (em espanhol). Instituto Nacional de
Salud. Consultado em 15 de maio de 2020
COVID-19 Update». NICD (em inglês). 14 de maio de 2020.
Consultado em 15 de maio de 2020
Coronavirus
cases surge in China as virus spreads». NBC News (em inglês). Consultado em 21 de janeiro de 2020.
De Groot RJ, Baker SC, Baric R, Enjuanes L, Gorbalenya AE,
Holmes KV, Perlman S, Poon L, Rottier PJ, Talbot PJ, Woo PC, Ziebuhr J (2011). «Family
Coronaviridae». In: AMQ King, E Lefkowitz, MJ Adams, EB Carstens. Ninth Report
of the International Committee on Taxonomy of Viruses. [S.l.]: Elsevier, Oxford. pp.
806–828. ISBN 978-0-12-384684-6
International
Committee on Taxonomy of Viruses (24 de agosto de 2010). «ICTV Master Species
List 2009 – v10» (xls)
SOBRE CORONAVÍRUS. www.saude.sp.gov.br. Consultado em 21 de
janeiro de 2020.
Vírus in Dicionário infopédia de Termos Médicos [em linha].
Porto: Porto Editora, 2003-2020. [consult. 2020-05-16 17:21:06]. Disponível na
Internet: https://www.infopedia.pt/dicionarios/termos-medicos/vírus
Zika Vírus – Novo - Código para Zika Vírus | Centro Brasileiro de
Classificação de Doenças - CBCD». www.fsp.usp.br. Consultado em 9 de abril de
2020.


Nenhum comentário:
Postar um comentário